Engenheiro é preso suspeito de tentar fraudar licitação de R$ 3,5 milhões em Barro Alto Goiás

Comissão de licitação da prefeitura descobriu que uma certidão negativa teve a data de emissão falsificada. A Polícia Civil investiga se a construtora está envolvida em outras fraudes

Foto: TV Anhanguera

Um engenheiro civil de Anápolis foi preso tentando participar de uma licitação de R$ 3,5 milhões do município de Barro Alto, no centro de Goiás, com documento falso. A suspeita foi descoberta pela comissão de licitação da prefeitura. A Polícia Civil foi chamada e fez a prisão do suspeito. O caso segue sendo investigado.

A defesa do engenheiro, que não teve o nome divulgado, disse que vai acompanhar e aguardar a conclusão do inquérito para depois se posicionar. Segundo o advogado, o cliente não teve acesso aos documentos que teriam sido adulterados.

O engenheiro representava a construtora do irmão, que fica em Anápolis. A licitação era para contratar empresa para fazer pavimentação asfáltica no município.

Junto com a proposta e os documentos exigidos pela prefeitura, o engenheiro anexou uma certidão negativa falsa para comprovar que a empresa não tem processos na Justiça.

Data falsificada
A comissão percebeu que o documento emitido pelo Tribunal de Justiça com data de 13 de junho de 2022, na verdade, havia sido emitido em 19 de setembro de 2019, quase três anos atrás.

Ao fazer uma consulta para verificar a legitimidade dos documentos, a comissão descobriu que a construtora tem pendências com a Justiça. Ela está sendo processada por outra empresa de Anápolis desde 2021.

A construtora teria falsificado a data de emissão do documento para não ser desclassificada do processo licitatório, conforme a investigação da polícia.

Segundo a Prefeitura de Barro Alto, a construtora nunca participou de licitações na cidade. O procurador do município, Diogo Rakowski, disse que descobriu a fraude ao tentar emitir a certidão de autenticidade do documento apresentado.

“Toda certidão tem um código para verificar a autenticidade. Ao colocar no site, foi verificado que o número não era condizente com a certidão de autenticidade nem com a segunda via apresentada. Ligamos para a Polícia Civil, que prontamente foi ao local e constatou que o documento era falso”, comentou o procurador.

O engenheiro foi encaminhado para o presídio de Goianésia. A polícia investiga o envolvimento da construtora em outras fraudes e se há mais pessoas envolvidas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

G1

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