Acusado de matar criança e idosa é condenado por Júri de Samambaia

Caso ocorreu em 5 de fevereiro, em Samambaia Norte. Acusado foi condenado a 68 anos e três meses de prisão por dois assassinatos, uma tentativa de feminicídio qualificado e três de homicídio

Foto Reprodução

O Tribunal do Júri de Samambaia condenou Adenilson Santos Costa a 68 anos e três meses de prisão, nesta quarta-feira (22/6). Ele responde por tentativa de feminicídio qualificado, três tentativas de homicídio e dois homicídios, cometidos em 5 de fevereiro. As vítimas assassinadas — Izadora de Souza do Nascimento, 8, e avó da criança, Eunice Maria de Souza Paraguai, 54 — foram mortas a facadas. O réu não poderá recorrer em liberdade.

O julgamento ocorreu quatro meses após os crimes, período em que Adenilson continuou preso. Na acusação, a Promotoria de Justiça apontou elementos que qualificaram as ações: no caso da tentativa de feminicídio, motivo torpe — sentimento de posse sobre a ex-companheira, Eudicilene de Sousa Barros; e, em relação às tentativas de homicídio, a intenção de cometer outros crimes. A tese foi acolhida pela maioria dos integrantes do júri popular.

Dinâmica
O caso ocorreu na QR 409 de Samambaia Norte. Adenilson chegou à casa onde Eudicilene participava de uma confraternização. Os dois teriam se relacionado por dois anos. No local, por volta das 22h40, o acusado teve uma discussão com a ex-companheira. Em seguida, deixou o endereço para buscar uma faca. Ao voltar, deu início a uma série de ataques a faca.

A primeira vítima foi Eudicilene. Na tentativa de impedir o crime, outras pessoas que estavam no local acabaram atingidas pelo agressor. Entre elas, Izadora e Eunice, avó da menina. Adenilson tentou, ainda, atacar uma mãe que estava com o filho de 1 ano no colo, bem como outras duas pessoas. Nenhuma dessas quatro se feriu com gravidade. Contudo, Izadora e Eunice não resistiram. À época, o acusado foi preso em flagrante e teve a preventiva decretada na audiência de custódia.

Promotor de Justiça que atuou no caso, Tiago Maia afirma que a sentença serviu como “resposta” para a população, especialmente em face da gravidade do caso. “Ainda que a condenação do réu não apague a tragédia que desestruturou uma família inteira, o sentimento de justiça é essencial para que as vítimas sobreviventes consigam se reerguer e para restabelecer o sossego e a ordem daquela comunidade abalada”, comenta.

O representante do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acrescentou que o Tribunal do Júri de Samambaia foi considerado, pelo terceiro ano consecutivo, o mais eficiente do país, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

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