Após pressão, XP cancela divulgação de pesquisa que dá vantagem de Lula sobre Bolsonaro, diz colunista

Na última sondagem divulgada, da semana passada, Lula aparecia com 45%, contra 34% de Bolsonaro

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Foto: Veja

A XP Investimentos cancelou a divulgação da pesquisa do Instituto Ipespe que era publicada semanalmente e mostrava o ex-presidente Lula (PT) na frente de Jair Bolsonaro (PL). Na última sondagem divulgada, da semana passada, Lula aparecia com 45%, contra 34% de Bolsonaro.

A pesquisa, que seria divulgada na sexta-feira (10), foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o número BR-06295/2022, porém, nesta quarta (8), foi retirada do site por determinação da corretora. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

Segundo a coluna, a pressão sobre a XP já vinha crescendo, mas atingiu o ápice na semana passada, quando o instituto mostrou que 35% dos eleitores consideram que a honestidade é um atributo de Lula, contra 30% que dizem o mesmo sobre o atual presidente.

Ainda segundo a jornalista, os clientes, principalmente os ligados ao agronegócio, fecharam as contas e retiraram os investimentos da corretora.
A XP decidiu transferir o contrato do Ipespe para outra empresa do grupo, a Infomoney, que registrou no TSE a pesquisa que seria divulgada esta semana.

Após muitos ataques nas redes sociais, a XP cancelou a divulgação dos resultados. A série histórica do Ipespe, que vinha realizando a pesquisa ininterruptamente desde janeiro de 2020, pode ficar comprometida.

Em nota, a XP “nega que a pesquisa será cancelada e ratifica que contrata diversos tipos de pesquisas de diferentes institutos com o intuito de auxiliar seus clientes a tomarem as melhores de decisões sobre investimentos”.

Leia a íntegra da resposta da XP:
“A XP nega que a pesquisa será cancelada e ratifica que contrata diversos tipos de pesquisas de diferentes institutos com o intuito de auxiliar seus clientes a tomarem as melhores de decisões sobre investimentos.

A realização das pesquisas terá periodicidade mensal, com número de entrevistas ampliado em relação às realizadas nos levantamentos anteriores, oferecendo dessa maneira uma ferramenta ainda mais ampla para que os investidores compreendam o cenário eleitoral e seus impactos no mercado. As próximas pesquisas registradas no Tribunal Superior Eleitoral já estarão adequadas ao novo formato.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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