Um dos alvos da Operação Consórcio 200, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (6/4), é o ex-presidente da BB Consórcios, Paulo Ivan Rabelo. Ele também chegou a assumir a presidência da empresa. A ação apura suspeita de gestão fraudulenta no BB Consórcios. O prejuízo estimado é de R$ 200 milhões.
A PF chegou a pedir a prisão de Rabelo e de um outro investigado, identificado como Leonardo Curioni, mas a Justiça indeferiu os pedidos. Ao menos 20 policiais federais cumpriram oito mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Paraná.
O inquérito, instaurado no ano passado, teve origem após encaminhamento pelo Banco do Brasil de notícia-crime com o resultado da auditoria de duas operações, no valor de R$ 100 milhões, aprovadas como consórcio de veículos, mas supostamente utilizada para outros fins.
O pagamento, inclusive, não teria sido executado de forma regular, o que obrigou o Banco do Brasil a cobrir parte do contrato.
Segundo a PF, a operação financeira pode ser caracterizada como gestão fraudulenta – crime contra o sistema financeiro nacional, cuja pena é de reclusão de três a 12 anos e multa.
O uso do produto da fraude, após a análise das quebras de sigilo fiscal e financeiro, pode caracterizar também crime de lavagem de dinheiro.
O outro lado
O Banco do Brasil informou, por meio de nota, que assim que identificou irregularidades em sua subsidiaria BB Consórcios, informou às autoridades policiais, que iniciaram as investigações.
“O BB continua contribuindo com as investigações e tem se colocado sempre à disposição das autoridades competentes”, diz o texto.
Metrópoles