Servidores da Educação de mais de 100 unidades municipais paralisam as atividades em Goiânia, nesta terça-feira (15). O grupo realiza manifestação no Paço Municipal e cobra uma série de reivindicações, como aumento de 33,24% referente ao piso salarial dos professores, cumprimento da data-base para os administrativos, vale-transporte e regência dos contratos, além de segurança sanitária nas instituições de ensino. Prefeitura diz que a paralisação não é oficial e que todos os temas que constam na pauta estão sendo discutidos.
O grupo, que é liderado pelo Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed), cobra uma política de valorização dos profissionais da Educação na capital. Segundo a entidade, os administrativos estão sem reajuste salarial desde o ano de 2019. De acordo com os relatos, os servidores que prestam serviços pela modalidade contrato não recebem vale-transporte e os professores temporários não recebem regência.
Ainda conforme expõe o Sindicato, a Prefeitura não tem cumprido a lei instituída em 2008, que estabelece o Piso Nacional do Magistério. Segundo o grupo, o aumento previsto é de 33,24% em 2022.
“A Prefeitura possui verba suficiente para cumprir com o aumento dos servidores da Educação, pois tem uma das melhores arrecadações do país. A data-base e o piso salarial são previstos em lei e se não houver recursos suficientes, a gestão deve buscar uma complementação junto ao Governo Federal. Não há motivo para que as determinações da lei não sejam pagas”, diz o sindicato.
Servidores se dizem preocupados com a Covid-19
Ao Mais Goiás, João Paulo Santos, professor da rede municipal, disse que a categoria tem enfrentado vários problemas com relação à biossegurança. De acordo com ele, os profissionais retornaram às atividades presenciais em agosto de 2021, mesmo sem terem completado o ciclo de vacinação contra a Covid-19.
“Agora, todas as unidades retornaram e toda semana sai um, dois professores com Covid ou suspeita. As salas nunca estiveram tão cheias. Distanciamento social nas escolas e Cmeis não existe”, criticou.
Conforme expõe o servidor, as unidades também estão com déficit de professores e técnicos administrativos. “Temos que trabalhar mais do que somos pagos para manter as escolas funcionando por conta da falta de profissionais”.
O que diz a Prefeitura sobre a paralisação de servidores da Educação
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) disse que paralisação não é oficial e que todos os temas que constam na pauta de reivindicações estão sendo discutidos com o Sintego e com o SindiGoiânia, “sindicatos legalmente representantes das categorias profissionais do município”.
De acordo com o texto, uma nova reunião para discutir a data-base e o piso salarial dos professores está marcada para esta semana.
Sobre o vale transporte dos contratos, a SME afirmou que um projeto de lei que garante o benefício foi assinado pelo prefeito Rogério Cruz na segunda-feira (14). A minuta do projeto será protocolada na Câmara Municipal nesta terça (15).
Confira nota na íntegra:
A propósito de paralisação de atividades em escolas da rede municipal de ensino, anunciada pelo Comando Sindical Simsed, a Secretaria Municipal de Educação (SME Goiânia) informa o que se segue:
– Os temas que constam da pauta de reivindicações já estão sendo discutidos com o Sintego e com o SindiGoiânia, sindicatos legalmente representantes das categorias profissionais do município.
– A SME ressalta que uma nova reunião para discutir a data-base e o piso salarial dos professores está marcada para esta semana.
– Sobre o vale transporte dos contratos, a SME informa que um projeto de lei que garante o benefício foi assinado pelo prefeito Rogério Cruz nesta segunda-feira, 14. A minuta do projeto será protocolada na Câmara Municipal nesta terça-feira, 15.
– Por fim, a SME reforça que a paralisação não é oficial e que todas as discussões a respeito das pautas da Educação são realizadas com os sindicatos legalmente constituídos.
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