Em manifesto, blocos de SP posicionam-se contra Carnaval de rua

Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval SP é contrário ao desfile de rua mesmo se a prefeitura decidir manter os festejos oficiais

SÃO PAULOCARNAVALBLOCOS DE RUA
Foto: Rovena Rosa

O Fórum Aberto dos Blocos de Carnaval SP, que é composto por Bangalafumenga, Monobloco, Gambiarra, Explode Coração, Bloco do Abrava e outros, divulgou um manifesto nesta quarta-feira (5/1) contrário aos desfiles de rua em São Paulo no Carnaval deste ano.
A agremiação diz que é contra os desfiles de rua mesmo se a prefeitura de São Paulo decidir manter os festejos oficiais em meio à pandemia de Covid-19.
“Fizemos uma votação e definimos que não vamos sair oficialmente. Aquele coletivo que quiser pode manter seu carnaval no lugar que está, mas a maioria não vai sair”, disse Zé Cury, um dos fundadores do fórum.

Segundo Cury, 90% dos 200 blocos que integram a agremiação não vão desfilar. Para ele, a realização dos festejos de rua expõe à Covid-19 tanto os trabalhadores do Carnaval como aqueles que controlam a corda que separa o público do bloco.

No manifesto, o grupo diz que está “totalmente inseguro quanto à possibilidade de realização do Carnaval, quanto às alternativas possíveis para amparar toda a cadeia produtiva envolvida no evento”.
“Não admitimos a hipótese de se realizar um evento de “Carnaval de Rua” em lugares contidos, ao ar livre, como o Autódromo de Interlagos, Memorial da América Latina, Jockey Club, Sambódromo e outros. Isso é alternativa do setor privado.”

O fórum pede à prefeitura que “sejam oferecidos programas de fomento que alcancem especificamente todos os blocos inscritos, dentro de uma proporcionalidade referente às suas necessidades, com aferição feita pelos mesmos em comissão constituída pelos atuais Coletivos Carnavalistas da Cidade”.

Em 30/12, a prefeitura autorizou o desfile de 696 blocos no Carnaval 2022. “Não dava para não liberar, cumpriram o prazo e o procedimento”, disse Cury, explicando que a autorização seguiu apenas o trâmite burocrático.

Há, no entanto, uma dúvida sobre a realização do evento com a expansão dos casos de Covid, em decorrência da variante Ômicron.

Na quinta-feira (6/1), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se reunirá com integrantes da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e do comitê organizador do evento para definir a realização do Carnaval de rua.

 

 

 

Metrópoles

Últimas notícias