Fundada em 2017 pelos irmãos Hermes Reis e Taís Segal, a banda Sunflower Jam vem driblando os obstáculos naturais que se impõem a grupos musicais independentes. Em 2020, mesmo com a agenda de shows cancelada devido à pandemia da Covid-19, os artistas de Brasília se reinventaram e não pararam de produzir: tocaram em trio elétrico, fizeram lives, compuseram novas canções e iniciaram a série de lançamentos do álbum audiovisual À Deriva.
Gravado em uma casa barco no meio do Lago Paranoá, o projeto musical é fruto dos esforços e determinação dos artistas que, sem empresário e apoio de uma grande gravadora, colocaram a mão na massa e tiraram a ideia do papel. “Em dois ou três meses idealizamos e produzimos tudo sozinhos. Junto com nossas equipes e amigos, levamos esse barco para o meio do Lago e [o cenário] fez muito sentido com o momento em que estávamos vivendo, de estar à deriva mesmo. Tudo veio a calhar com o conceito do álbum”, celebrou Hermes, em entrevista ao Metrópoles.
À Deriva é composta, ao todo, por nove faixas. As duas primeiras apresentadas aos fãs, Onde É Que a Gente Se Perdeu?, com participação de Maíra Guedes; e Não Vou Mentir, feat com Juliah; dão uma amostra do tom solar e cheio de flow característicos da banda. “A nossa sonoridade é muito diversa. A gente começou convidando vários artistas e cada um trazia as sus referências musicais e isso enriqueceu o som da Sunflower Jam”, a vocalista Taís.
A formação de Hermes e Taís no Musicians Institute, em Los Angeles, carregou o som dos artistas de referências do pop norte-americano. Sem deixar de lado, claro, as influências jazzísticas dos irmãos. “O nosso estilo tem muito de R&B e blues também…no À Deriva decidimos voltar para o som orgânico que sempre nos definiu como identidade. Incluímos o naipe de metais, teclado, guitarra, bateria… tudo gravado ao vivo. Quisemos captar o que estava sendo feito no momento, de forma natural”, completa Hermes.
Além da musicalidade a Sunflower Jam tem uma personalidade forte representada, em especial, pelos macacões amarelos que uniformizam todos os músicos. “O Hermes teve essa ideia quando ia dormir e, no dia seguinte, já estava na costureira. A gente percebeu que a identidade visual era algo muito importante e é a simbologia do girassol mesmo, de trazer esse movimento em direção ao sol, essa luz que é o nosso público”, afirma Taís.
Os irmãos têm grandes ambições para 2022. O desejo principal é romper as fronteiras do quadrado e conquistar o reconhecimento no concorrido mercado fonográfico nacional. “Eu e meu irmão sonhamos muito alto e queremos colocar Brasília no mapa. Aqui tem muita coisa acontecendo e muita gente talentosa. Queremos alcançar o Brasil e o mundo”, pontua Taís. “Depois do À Deriva nós já temos três singles prontos para serem lançados, também com clipe. Nosso sonho maior pe continuar fazendo o que a gente ama, espalhar música, espalhar nossa mensagem e o resultado sempre vem naturalmente, vivendo um dia de cada vez”, conclui Hermes.
Metrópoles