Vítima
do chama de “estelionato amoroso”, a fonoaudióloga contratou uma festa para 200
pessoas no Distrito Federal – onde mora. O pacote
inclui buffet, decoração, brinquedoteca, DJ e cerimonial. Para se desfazer
dessa encrenca, Júlia pede R$ 70 mil.
Mulher
que vende festa de casamento conheceu ex através de amigos em comum.
O
casal conheceu há quatro anos, por meio de amigos em comum. Após três anos de
namoro, o casal decidiu, no ano passado, dar um passo na relação e se casar.
Devido à pandemia, a festa foi adiada para 2021, mas eles oficializam a união
no civil.
O
pai de Júlia lhe deu uma casa de presente de casamento. O casal começou a
reforma no local. Entretanto, a pandemia acabou impactando nas finanças. Ele
perdeu o emprego como técnico de informática.
Ela
conseguiu segurar as pontas da reforma da casa e ainda investir em uma empresa
de fibra ótica, que acabou sendo outro prejuízo do ex-marido. Após isso,
começou os primeiros embates. Ele disse para ela que, para sanar as dívidas,
ele iria vender os produtos comprados para a empresa pela metade do preço,
avaliados em R$ 100 mil.
“O
discurso era de que estava abrindo mão do sonho dele e da empresa para
construirmos o nosso futuro. E, assim que ele vendesse, o dinheiro iria para a
minha conta”, relembra ao Metrópoles. Ela, porém, nunca recebeu o dinheiro.
Traição
A
traição, entretanto, começou após a casa em reforma ser assaltada. Ele passou a
dormir na obra e voltava para o apartamento apenas no dia seguinte. A partir
daí, Júlia passou a receber mensagens de perfis fakes denunciado
as traições do marido.
“Em
uma das mensagens, eu recebi uma foto dele com outra mulher. Quando eu o
confrontei, ele negou estar com ela e disse que uma pessoa estava tentando
separar a gente”, diz.
No
meio de tudo isso, o pai dela ainda foi diagnosticado com Covid-19 e ficou 43
internados. A filha o acompanhou durante todo o tratamento. Enquanto isso, o
ex-marido ficava na casa em obras.
Ela
soube da separação de uma maneira bem inusitada. Após alta, a família
comemorava o aniversário de uma tia dela. Ela havia lhe dito que levaria uma
carne para o churrasco, mas, desde então, ele nunca mais apareceu.
“No
período da tarde, eu comecei a ligar para ele, a mandar mensagens e dava
telefone desligado. Eu fiquei com um mal estar, tipo um sexto sentido, e decidi
ir na nossa casa. Quando eu cheguei, vi o meu carro, que ele estava usando, na
garagem. Ele poderia estar dormindo, mas quando eu entrei, não tinha nada,
apenas uma máquina de lavar. Até o botijão de gás o cara levou” relembra.
Um
amigo do ex-marido foi quem lhe disse mesmo foi embora de Brasília e voltado
para Bahia, onde o homem tem família. Ele comentou com o amigo que estava
separado e recomeçaria a vida na terra natal.
Na
mesma madrugada em que o homem foi embora, ele lhe mandou uma mensagem
afirmando que tomou tal decisão porque não queria acabar com a vida dela. No
dia seguinte, a ex-sogra entrou em contato e lhe disse que o filho teria
chegado lá com outra mulher, que estava grávida.
Após
toda história vir à tona, a mulher entrou com pedido de divórcio. “Em menos de
15 dias eu consegui o divórcio e, por isso, decidi não fazer um boletim de
ocorrência. Eu não quero também reaver os móveis perdidos, pois não vai me
trazer felicidade”.
Para
celebrar o fim do casamento, ela mandou fazer um bolo para a ocasião. “Eu estou
tentando cancelar os contratos, mas o de doces e bolo estou usufruindo. Todo
dia eu peço um bolo, um cento de doce, alguma coisa assim”, finaliza.
(Mais Goiás) www.jornalaguaslindas.com.br
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