Teerã, 24/6 – O porta-voz do Ministério da Saúde do Irã, Hossein Kermanpour, afirmou nesta terça-feira (24) que o conflito iniciado em 13 de junho entre Irã e Israel já deixou pelo menos 600 mortos e 4.746 feridos.
Segundo Kermanpour, 971 pessoas seguem hospitalizadas, incluindo 65 feridos com menos de 20 anos, entre eles uma criança de apenas 3 anos. O número de crianças mortas chega a 13, sendo a mais nova um bebê de 2 meses.
“Todos esses são civis que o regime mais enganoso do mundo alegou não atingir no início de suas operações agressivas”, acusou Kermanpour, em referência a Israel.
As informações foram divulgadas em meio à incerteza sobre o cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos e anunciado pelo presidente Donald Trump.
Apesar da proposta, o Exército israelense acusou o Irã de lançar dois mísseis na manhã desta terça-feira, o que ativou sirenes no norte de Israel. O governo iraniano, no entanto, negou qualquer novo ataque.
Após os supostos disparos, o chefe do Estado-Maior de Israel, general Eyal Zamir, declarou que o cessar-fogo foi violado e que os bombardeios israelenses serão retomados.
O número elevado de civis mortos e feridos, incluindo crianças, escancara a gravidade do conflito entre Irã e Israel, que mais uma vez atinge a população inocente. A disputa geopolítica ganha contornos ainda mais dramáticos com a aparente fragilidade do cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos. Se confirmada a retomada dos bombardeios, o cenário tende a se agravar, com consequências humanitárias imprevisíveis. A comunidade internacional precisa agir com firmeza para evitar uma escalada ainda mais sangrenta.
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