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🚨 GOVERNO DE GOIÁS INDEFERE PLANO DA OURO VERDE E REFORÇA EMBARGO APÓS DESASTRE EM PADRE BERNARDO

Plano de ação apresentado pela empresa não atende requisitos técnicos e foi rejeitado pelo gabinete de crise estadual. Lixão segue sob embargo e novas medidas serão adotadas pelo Estado.
A empresa Ouro Verde, responsável pelo lixão que desmoronou na quarta-feira (18) em Padre Bernardo, teve seu Plano de Ação Emergencial (PAE) indeferido pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad). A decisão foi tomada no sábado (21) pelo gabinete de crise estadual, criado para lidar com os danos ambientais provocados pelo colapso da estrutura.
O deslizamento comprometeu o Córrego Santa Bárbara, que abastece produtores rurais da região, levando à contaminação da água e do solo.

❌ PLANO SEM BASE TÉCNICA
De acordo com a secretária Andréia Vulcanis, o plano apresentado não atende aos requisitos mínimos para a execução segura das obras de contenção. “Não foi elaborado por profissional habilitado, não explica como a pilha de resíduos será estabilizada e nem informa para onde será levado o material lançado no curso d’água”, destacou.
Com base na análise técnica, a Semad indeferiu o PAE e concedeu 24 horas para a empresa apresentar nova proposta, sob pena de medidas mais duras.

🛑 GOVERNO DE GOIÁS MANTÉM EMBARGO E VAI À JUSTIÇA
Apesar de liminares judiciais que vêm permitindo o funcionamento do lixão nos últimos anos, o Governo de Goiás determinou um novo embargo na quinta-feira (19) e anunciou que tomará providências legais para reforçar a paralisação das atividades.
A empresa opera sem licença ambiental estadual desde sua instalação, dependendo exclusivamente de decisões favoráveis da Justiça. O governo pretende acionar judicialmente a empresa, responsabilizando-a pelos danos ambientais causados.

⚠️ HISTÓRICO DE INFRAÇÕES AMBIENTAIS
A Semad e a Polícia Militar Ambiental identificam infrações ambientais graves no local desde 2019. Em 2023, a PM registrou vazamentos de chorume em tanques improvisados com lona, poluição do solo e possível contaminação do lençol freático. Há relatos de despejo clandestino de chorume durante a noite em uma grota próxima.
Além disso, os resíduos estavam sendo descartados a céu aberto e sem tratamento, contrariando a apresentação da empresa como “Aterro Sanitário com Reciclagem”.
📍 PREFEITURA MONITORA SITUAÇÃO
O prefeito de Padre Bernardo, Joseleide Lázaro (União Brasil), informou que a prefeitura acompanha o caso e tomará as medidas cabíveis dentro de sua competência. “O empreendimento funcionava por força de liminar da Justiça Federal”, afirmou.
🗣️ REAÇÃO DA COMUNIDADE
Moradores e produtores rurais da região de Padre Bernardo expressaram indignação e preocupação com os impactos ambientais causados pelo desmoronamento do lixão. A contaminação do Córrego Santa Bárbara, que abastece diversas propriedades, gerou apreensão quanto à qualidade da água e à segurança alimentar.
Em redes sociais e grupos locais, populares cobram ações imediatas e firmes das autoridades, além de questionarem o fato de o lixão ter funcionado por tanto tempo sem licença ambiental, sustentado apenas por decisões judiciais. Alguns moradores relatam que problemas com mau cheiro e presença de insetos já vinham sendo denunciados há meses.
“A Justiça precisa ouvir a população e não apenas proteger interesses privados. Estamos lidando com saúde pública e com a natureza, que não aguenta mais tanto descaso”, disse um pequeno produtor da região. ValdivinodeoliveiraDRT001423/GO

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