A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desmoronou em 2025, atingindo o pior nível desde o início de seu terceiro mandato, segundo levantamento da Genial/Quaest. A pesquisa indica que a desaprovação ao governo ultrapassou pela primeira vez a aprovação, marcando um ponto crítico na gestão petista.

🔻 Aprovação em queda livre
De acordo com a pesquisa Quaest, divulgada em janeiro, 49% dos brasileiros desaprovam o governo Lula, enquanto apenas 47% o aprovam. A reversão no saldo de avaliação é simbólica e reflete uma crescente insatisfação popular.

Outros institutos reforçam a tendência: o Datafolha apontou, em fevereiro, que apenas 24% da população avalia o governo como “bom” ou “ótimo”, contra 41% que o consideram “ruim” ou “péssimo” — o pior índice registrado por Lula em todos os seus mandatos.

⚠️ O que está provocando a crise de imagem?
Analistas destacam uma combinação de fatores que têm desgastado a imagem do governo:

Inflação dos alimentos: o aumento no preço da cesta básica tem impactado fortemente as famílias de baixa renda — justamente a base tradicional de Lula.

Crise do Pix: mudanças nas regras do sistema geraram desconforto entre comerciantes e trabalhadores informais.

Descompasso entre discurso e realidade: apesar de anúncios como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até cinco salários mínimos, grande parte da população não percebe melhora na vida cotidiana.

Fracasso na comunicação: o governo tem tido dificuldade em explicar e divulgar suas ações de forma eficaz.

📉 Derretimento regional
A desaprovação cresceu mesmo em redutos históricos do lulismo. Segundo a Quaest, Lula enfrenta rejeição majoritária em oito estados — incluindo Bahia e Pernambuco, que deram ampla votação ao petista em 2022. Em São Paulo, a maior praça eleitoral do país, a situação é ainda mais dramática: 55% desaprovam o governo e só 16% aprovam.

🗳️ Risco político à vista
Com as eleições municipais de 2024 já refletindo a tensão no campo da esquerda, a deterioração da imagem de Lula acende um alerta vermelho dentro do Planalto e no PT. Se a tendência de queda continuar, o impacto pode ser devastador para as alianças da base e os planos para a reeleição em 2026.

🔎 Comentário: A queda de popularidade de Lula não é apenas reflexo de desgaste natural de governo — ela revela um descompasso entre promessas de campanha e a realidade econômica e social enfrentada pela população. A base que o elegeu começa a se frustrar com a falta de resultados tangíveis, especialmente no bolso. Sem uma guinada clara na comunicação e na condução econômica, o governo corre o risco de perder não só apoio popular, mas também capital político para avançar reformas e manter alianças até 2026. ValdivinodeoliveiraDRT001423/GOfotodivulgaçao